No ano passado, quando a maioria das gigantes de tecnologia só falavam sobre inteligência artificial generativa, a Apple apresentava o Vision Pro, os óculos ultra modernos de realidade aumentada. Agora, a dona do iPhone resolveu entrar na dança da IA.
Mas de um jeito bem Apple. Até trocou o nome das coisas. Chamou sua solução de AI – nada de “artificial inteligence”, mas, sim, sigla para Apple Intelligence. Ela chegará aos smartphones mais recentes já no iOS 18. Outro forte concorrente no mundo dos celulares, o Google possui estratégia semelhante, mas abastece uma gama maior de dispositivos e plataformas com sua solução de IA.
A Apple conseguiu criar um ecossistema muito interessante de inteligência artificial pensando a IA como meio e não como fim. Talvez o mercado tenha ficado um pouco chateado, de início, porque a Apple não deu uma resposta ao ChatGPT. O que ela apresentou foi uma mudança de paradigma
Diogo Cortiz
A nova solução da Apple vai ser integrada a aplicativos nativos e de terceiros, explica Diogo. Entre as mudanças previstas estão também alterações robustas na assistente virtual Siri, que passará a entender melhor comandos para realizar ações.
Helton lembra que a Apple fez uma parceria com a OpenAI para integrar o ChatGPT ao iOS. O sistema vai indicar onde e em quais momentos ele estará operando. A dobradinha não parece de muito futuro. Para Diogo, é possível que a Apple troque a OpenAI por um sistema próprio.
Imagino o risco que a OpenAI vai correr nessa parceria, porque ela vai aparecer nos momentos de escrever textos, resumir emails, criar proposta de mensagens (…) É tudo o que pode dar errado
Helton Simões Gomes
Há anos, o Google se apresenta como uma empresa de inteligência artificial. O grande destaque das próximas versões do Android é o Gemini, plataforma de IA presente tanto no sistema operacional dos smartphones, como em outros serviços como o Gmail e Workspace.
Um dos recursos de destaque do Android é a identificação de for pego de forma abrupta da mão do usuário, como em casos de roubo. Quando isso ocorrer, a tela do aparelho será travada.
No fim, as pessoas vão usar inteligência artificial onde já estão. A competição vai ficar cada vez mais acirrada, não para [ver] quem tem o melhor modelo, mas de quem tem o uso mais facilitado na mão do usuário
Diogo Cortiz