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Oferta de crédito imobiliário será ampliada para a classe média, diz secretário da Fazenda.

Programa Acredita foi lançado na última segunda-feira (22) pelo Governo Federal.

O secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, disse em entrevista  nesta terça-feira (23) que o programa Acredita deve aumentar a oferta de crédito imobiliário para famílias de classe média. A declaração foi dada durante o jornal  Prime Time, exibido às 20h.

Mello explicou que a proposta do programa é abrir espaço no balanço dos bancos para novas concessões de crédito a partir da revenda dos títulos já concedidos a investidores.

“Hoje os bancos, em particular a Caixa Econômica, dão o crédito para a pessoa comprar seu imóvel, e mantém esse crédito no seu balanço. Isso quer dizer que eles precisam esperar o comprador pagar o crédito, o que às vezes leva 20 ou 30 anos, para abrir espaço de novo no balanço dela e oferecer um novo crédito”, afirmou.

O secretário destacou que, com o Acredita, a Emgea — gestora pública de ativos — irá comprar os créditos que estiverem nos bancos das instituições financeiras e, eventualmente, revendê-los para investidores interessados nesse tipo de ativo.

Com isso, segundo Mello, o espaço no balanço dos bancos será ampliado para que as instituições consigam ofertar mais crédito à população.

Ainda de acordo com o secretário, o programa quer tirar o Brasil de um patamar de crédito imobiliário de aproximadamente 10% em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB) para o patamar de 25% a 30%.

“Nós queremos ampliar o crédito imobiliário e oferecer para mais pessoas, principalmente para a classe média, poder adquirir seu imóvel próprio”, acrescentou.

Mello também destacou que, nos últimos dois anos, o mercado de imóveis passou por uma retração devido às altas taxas de juros. Segundo ele, isso dificultou a tomada de crédito e aumentou os saques da poupança — investimento utilizado pelos bancos para a oferta de crédito imobiliário.

“Quanto menor a taxa de juros, mais forte e mais rapidamente esse mercado vai se recuperar”, destacou.

Sobre o Acredita

Como a CNN já tinha antecipado, o programa consiste em um conjunto de ações para destravar o crédito para autônomos e pequenos empreendedores. A intenção é ganhar apoio desse setor, que tem participação crescente na economia com geração de renda e emprego.

Entre as ações, estão uma medida provisória (MP) elaborada pela equipe econômica, em conjunto com o Ministério do Empreendedorismo, que cria linhas de crédito para microempreendedores individuais (MEIs) e microempresas com faturamento de até R$ 360 mil. Segundo o governo, o setor terá acesso a uma linha de crédito especial chamada Procred 360, com taxas de juros competitivas.

Além da linha de crédito, a medida provisória também institui o Desenrola Pequenos Negócios, que vai permitir a renegociação de dívidas para MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte.

O lançamento do programa Acredita foi adiado duas vezes. Segundo apuração, os pontos do programa passaram por uma reformulação nos últimos dias com foco em programas de crédito voltado para os mais pobres.

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