DESENROLA PARA EMPRESAS

MP do Desenrola para empresas deve sair na próxima semana, diz Márcio França.

Medida pode alavancar mais de R$ 35 bilhões em crédito para que os devedores possam refinanciar suas dívidas, segundo o ministro.

O programa do governo federal para renegociação de dívidas de MEIs e empresas de pequeno porte, o Desenrola para pessoas jurídicas, deve ser oficialmente lançado na semana que vem por meio de uma medida provisória, disse nesta terça-feira o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França.

O Desenrola para empresas terá um orçamento de R$ 7 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para viabilizar a renegociação das dívidas e, segundo o ministro, pode alavancar mais de R$ 35 bilhões em crédito para que os devedores possam refinanciar seus passivos.

O programa será voltado para microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas (receita anual de até R$ 5 milhões).

“Não vamos dar dinheiro, mas vamos disponibilizar o fundo garantidor. Esse FGO garante ao banco que se o sujeito não pagar (a renegociação) o governo devolve esse recurso“, disse França.

“Esse dinheiro já existe, não tem que ficar pedindo e está aí para ser usado. Não entra no Orçamento, é um dinheiro já existente“, acrescentou.

O programa tem inspiração no Desenrola Brasil, voltado para pessoas físicas e que já contemplou mais de 11,5 milhões de pessoas que estavam endividadas, segundo dados do governo.

“As empresas que entrarem no Desenrola terão seis meses de carência e juro bem menor que a média do mercado. Estamos brigando para ser de cerca de 1% ao mês ou um pouco mais. A ideia é de 13% ao ano“, disse França a jornalistas durante a conferência Web Summit Rio.

O ministro afirmou que parte dos devedores visados pelo Desenrola para empresas pegou empréstimos no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) durante a pandemia de Covid, mas não tem conseguido pagar suas parcelas.

O Pronampe ofertou cerca de R$ 50 bilhões em créditos, sendo que 8% dos tomadores ficaram inadimplentes, bem acima da média do mercado, que é de 4%, de acordo com França.

“É um pessoal que pegou crédito a Selic mais 3%. A Selic saiu de 3% ou 4% (ao ano) para 13%. Será a primeira vez que se pensa nesse público“, afirmou.

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