INOVAÇÃO

Fim dos motoboys? iFood estreia entrega de comida com drones no Brasil…

Desde o início de outubro, o iFood conta com uma nova modalidade de entregas de refeições no Brasil.

São os drones automatizados, que estrearam para valer em Aracaju (SE) e devem chegar a outras cidades grandes em breve.

Em um momento de concorrência crescente no segmento de delivery, os aparelhos aéreos não substituirão os entregadores, garante Rodolfo Klautau, diretor de logística do iFood…

Na verdade, eles funcionam junto com o trabalho dos motociclistas, que, segundo a empresa, também se beneficiam da tecnologia.

Serviço já começou em Aracaju

Antes do drone, os pedidos passavam pela ponte (2) para ir do shopping (1) à cidade vizinha (3)
Imagem: Google
Ao contrário do imaginário popular, os drones do iFood não pousam em qualquer lugar.

Em Sergipe, há dois ‘droneportos’, entre os quais os aparelhos circulam. Os locais foram escolhidos justamente para solucionar um gargalho análogo ao de muitos centros urbanos do país…

Do outro lado do rio Sergipe, que margeia Aracaju, há outra cidade, Barra dos Coqueiros (SE), onde boa parte dos 40 mil habitantes mora em condomínios de alto padrão…

Para que essas pessoas tivessem acesso a grandes redes de restaurantes, era necessário que o entregador saísse da capital sergipana e cruzasse uma única ponte que dá acesso a Barra dos Coqueiros.

Segundo o iFood, era um trajeto de 40 minutos, no qual o entregador ainda precisava retornar à capital.

Agora, há um ‘droneporto’ no principal shopping de Aracaju. Ele recebe pedidos da praça de alimentação, levados a pé das cozinhas por um funcionário. Em seguida, vão de drone até Barra dos Coqueiros.

No ‘droneporto’, o pedido é colocado em uma caixa acoplada ao drone, que decola sozinho e, em 5 minutos, chega a Barra.

Na cidade menor, um entregador de moto coleta a refeição no outro droneporto e percorre algumas centenas de metros até a residência do cliente. Já sem e encomenda, o drone retorna por conta própria a Aracaju.

O que diz a legislação

Há um operador responsável por carregar o drone e acompanhar seu voo.

A parte de voo da refeição é feita sob responsabilidade da Speedbird Aero, parceira do iFood na operação.

A empresa brasileira é especializada na entrega por drones e tem clientes como Correios e Vale também no currículo.

Além disso, recebeu o Royal Mail, o serviço de correios do do Reino Unido. para inspecionar o projeto sergipano, a fim de implantar algo semelhante com correspondências na Escócia.

Segundo Manoel Coelho, CEO da Speebird, foram cinco anos de testes junto ao app de refeições antes da operação para valer, sem nenhum problema registrado…

“Nunca recebemos uma queixa de barulho, de incômodo, de problema. Ninguém entrou no Ministério Público para interromper algum voo”, diz.

Ainda que tenham regras próprias, os drones fazem parte do mesmo espaço aéreo dos aviões – principalmente perto de aeroportos…

Nesse aspecto, explica Manoel, a legislação brasileira é uma das mais rígidas do mundo. A Speedbird afirma que segue todas as regras previstas.

Caixa-preta e controlador de voo…Nós acompanhamos um dos voos, que partiu com uma refeição executiva do shopping RioMar.

Um operador devidamente credenciado é responsável por ligar o drone e acoplar o pedido no aparelho.

Cada drone pode carregar até 10 kg de entregas. A distância de voo aumentará bastante, diz a Speedbird, mas atualmente já alcança os 20 km…

Dentro de um contêiner no estacionamento do shopping, o operador tem uma cabine de comando, onde pode acompanhar até drones do outro lado do mundo.

A operação é automatizada, mas o operador acompanha as câmeras do drone por precaução. Caso haja necessidade, ele pode assumir o aparelho através de um joystick.

O drone também pode agir por conta própria – seja forçando um pouso de emergência em local adequado ou abrindo seu para-quedas.

Toda atividade é gravada, para fins de estudo e responsabilização em caso de algum incidente.

Planos de expansão

Diante dos bons resultados até agora, o iFood já planeja expandir seu serviço de drones para outros lugares do Brasil.

A empresa já trabalha com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), através da Speebird Aero, para encontrar outros gargalos logísticos pelo país em que os drones sejam a solução ideal.

Segundo Rodolfo Klautau, o modelo também não deve ficar restrito a comida e à proximidade shoppings.

“Também podem outros locais de alta densidade de oferta. E não só oferta de restaurante: hoje o iFood já entrega farmácia e compras em geral”, completa.

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