PRÊMIOS CURIOSOS PELAS MEDALHAS

Ouro, apartamentos, milhas aéreas e vacas; os curiosos prêmios para medalhistas em Paris;

Países usam formas inusitadas de incentivar seus atletas durante as Olimpíadas;

Atletas olímpicos dedicam a vida inteira ao treinamento para alcançar a rara glória de serem declarados os melhores em seu esporte, um momento que ocorre em uma fração de segundo uma vez a cada quatro anos. Mas alguns atletas superestrelas podem ganhar mais do que apenas uma medalha.

No início deste mês, o Comitê Olímpico Internacional anunciou uma decisão polêmica: os medalhistas de ouro do atletismo nas Olimpíadas de Paris 2024 receberão uma premiação de US$ 50 mil (R$ 282 mil), além de medalhas com um pedaço de ferro da Torre Eiffel embutido nelas. Embora seja a primeira vez que o Comitê Olímpico oferece prêmios em dinheiro aos vencedores, alguns países há muito presenteiam seus atletas medalhistas com diversos luxos, de carros a concessões de terras e gado.

Aqui está uma visão mais detalhada dos prêmios que os medalhistas olímpicos receberam no passado e do que alguns deles podem esperar dos jogos deste ano.

Indonésia



Quando os atletas indonésios de badminton Greysia Polii e Apriyani Rahayu voltaram para casa após conquistarem a única medalha de ouro do país nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, foram recebidos com uma enxurrada de presentes.

O governo indonésio recompensou a dupla com 5 bilhões de rupias, ou US$ 349 mil. Enquanto isso, a ilha de Sulawesi, de onde origina Rahayu, lhe prometeu cinco vacas e uma casa. Além disso, a popular rede de restaurantes de almôndegas da Indonésia, Baso Aci Abang, presenteou as medalhistas de ouro com sua própria loja.

Polii, 36, já se aposentou do esporte. Mas Rahayu está de volta, participando nesta edição das Olimpíadas em Paris com uma parceira diferente para defender seu título.

Arábia Saudita



Os atletas da Arábia Saudita recebem a promessa de uma premiação de 5 milhões de riais (US$ 1,33 milhão ou quase R$ 6 milhões) se conquistarem um título olímpico para o país.


Até o momento, parece que apenas um, a estrela do caratê Tareg Hamedi, recebeu o prêmio, que pode ser o maior relacionado às Olimpíadas na história dos jogos. O estudante atleta ficou milionário após perder por pouco a medalha de ouro – ficando com a prata depois de ser desclassificado devido a um chute ilegal – nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021.

Rússia



A Rússia tem uma tradição que remonta à era soviética de distribuir aos medalhistas olímpicos grandes somas de dinheiro, normalmente 4 milhões de rublos (US$ 45,3 mil) e bens de luxo.

Os vencedores das medalhas eram recompensados com carros de luxo (os medalhistas de 2016 receberam uma BMW X5, que muitos venderam logo em seguida por não conseguirem arcar com os custos de manutenção) e apartamentos de luxo avaliados entre US$ 500.000 e US$ 1.000.000. Alguns vencedores dos Jogos do Rio também ganharam cavalos de corrida.

Na Rússia, a vitória também abre portas para o sucesso fora dos esportes, com vários atletas olímpicos fazendo a transição para carreiras na política.


“Em nosso país, sucesso nas Olimpíadas é caminho direto para a Duma [parlamento] e para o poder”, afirma um artigo de 2016 no jornal russo Komsomolskaya Pravda.

Cazaquistão



No Cazaquistão, há uma lei que concede apartamentos aos vencedores olímpicos, e o tamanho do imóvel varia conforme a cor da medalha.

Um medalhista de ouro ganha um apartamento de três quartos, um de prata ganha um apartamento de dois quartos, enquanto um de bronze um apartamento de um quarto.

Coréia do Sul



A Coreia do Sul tem uma premiação muito prática para seus medalhistas: isenção do serviço militar.

A lei do país exige que todos os homens fisicamente aptos se alistem para 18 meses de serviço militar, que devem iniciar antes de completar os 28 anos de idade.

Embora seja possível fazer um adiamento temporário, uma renúncia total é rara, mesmo para estrelas pop internacionais e membros das chamadas “boy bands”. Mas um atleta olímpico que ganhe qualquer medalha pode ficar isento de servir.


Isso se soma a um prêmio em dinheiro e até mesmo a uma pensão. Os medalhistas de ouro sul-coreanos recebem um bônus de 63 milhões de won (US$ 43.288) e têm a opção de uma pensão mensal vitalícia de um milhão de won ou uma quantia fixa de 67,2 milhões de won.

Um medalhista de prata ganha 35 milhões de won, enquanto o vencedor de uma medalha de bronze leva 25 milhões de won, e nenhum dos dois receberá uma pensão.

Hong Kong



Hong Kong, que compete separadamente da China nas Olimpíadas, oferece alguns dos prêmios em dinheiro mais atraentes para seus medalhistas.

A cidade-estado concede um prêmio de US$ 768 mil para a medalha de ouro, US$ 380 mil para a de prata e US$ 192 mil para a de bronze.

Além disso, segundo relatos da mídia local, o sistema de transporte público de Hong Kong, a MTR Corporation, oferece bilhetes vitalícios gratuitos aos medalhistas da cidade.

Estados Unidos



Os Estados Unidos concedem prêmios em dinheiro aos medalhistas, embora seu valor seja significativamente inferior ao de algumas outras nações. Um medalhista de ouro leva US$ 38 mil, enquanto um de prata US$ 23 mil e um de bronze US$ 15 mil.

Para alguns, os valores não são suficientes para cobrir as despesas com alimentação, treinamento e equipamentos necessários para competir no mais alto nível.

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