ATENÇÃO ESPECIAL

Voz, rosto, dedos, íris: as partes do corpo que servem como identificação.

Passado pouco mais de um século que as impressões digitais começaram a ser coletadas para formar uma base de dados para facilitar a identificação de criminosos, a biometria digital já é uma realidade global. Substitui chaves e senhas e com a IA (inteligência artificial) promete se aperfeiçoar ainda mais.

Com a captura das impressões digitais, que são individuais, elas são convertidas em algoritmos, que são armazenados e acessados por sistemas computacionais. “O processo de análise desses padrões é chamado datiloscopia”, explica Joanne Ferraz, dermatologista e docente do Unipê (Centro Universitário de João Pessoa).

Segundo a médica, além do uso para identificação legal, as impressões digitais têm sido estudadas para diversos fins. No âmbito da saúde, para se descobrir, por exemplo, quando há risco para o desenvolvimento de doenças cromossômicas, formas de auxiliar no seu diagnóstico precoce ou até mesmo na sua prevenção.

No futuro, a IA poderá ajudar a melhorar a precisão da biometria digital para:

Aprendizados de padrões complexos por diversas máquinas

Processar imagens biométricas em condições não ideais de leitura

Detectar tentativas de uso de digitais anômalas, falsas ou artificiais

DOS SINAIS DOS DEDOS PARA A FACE

Da biometria digital foi um pulo para que a ciência desenvolvesse a biometria facial. Essa tecnologia utiliza características físicas distintas do rosto humano para identificação e autenticação. São capturados e analisados por dispositivos pontos do rosto, como distância entre olhos, formato do nariz e outras medidas.

O reconhecimento facial foi pensado para quando as digitais não pudessem ser utilizadas. De acordo com a dermatologista, é que todos ou alguns dedos podem acabar acometidos por traumas (queimaduras, lesões), doenças na região palmoplantar (dermatites de contato, disidrose), ou efeitos adversos de remédios.

“Fácies” é a denominação dada ao conjunto formado pelos traços anatômicos da nossa face e pela nossa expressão fisionômica, explica Ferraz. “Reflete aspectos como idade, sexo, geometria facial, emoções, sendo muito útil na medicina para identificar sinais de algumas doenças, principalmente metabólicas e genéticas.”

Combinada com a IA, a biometria facial poderá ter outros desdobramentos, como:

Melhorar autenticação, segurança e conveniência em vários setores

Identificar em tempo real pessoas em ambientes públicos, check-ins e fronteiras

Detectar condições médicas, auxiliando em pesquisas e diagnósticos precoces


Olhares vão dizer cada vez mais
Um dispositivo de IA chamado Orb, similar a uma bola, tem sido utilizado para escanear a íris (parte colorida do olho e que contorna a pupila) de milhares de pessoas pelo mundo. Segundo sua empresa, a Tools for Humanity, o objetivo é gerar um código numérico que identifique humanos e os diferencie de robôs.

“A íris também é exclusiva. Vem sendo utilizada em soluções de segurança digital similares ao reconhecimento facial e de impressões, mas isso pode ser impedido por algumas anomalias, como atrofias, ou reduções parciais ou totais”, informa Lindalva Carvalho de Morais, oftalmologista do Banco de Olhos de Sorocaba (SP).

Igualmente é preciso regulamentação e autorização para que a IA possa em breve:

Desenvolver sistemas de reconhecimento dos olhos que se adaptem a essas anomalias e variações de luz, envelhecimento, uso de óculos e lentes de contato

Aperfeiçoar exames como biometria ocular, que mede dimensões e parâmetros do olho, tornando-o mais rápido, seguro e acessível em locais remotos e limitados

Facilitar transações financeiras seguras e autenticações, mantendo o anonimato

VOZ É MUITO MAIS SEGURA QUE A SENHA

Sabia que nem mesmo gêmeos idênticos têm a mesma voz? Logo, o conjunto de sons produzidos pelas vibrações das pregas vocais serve igualmente como uma assinatura personalizada e isso em razão de uma combinação complexa de vários fatores: anatômicos, fisiológicos, comportamentais, genéticos e ambientais.

No reconhecimento por software, uma gama de características vocais pode ser avaliada, dependendo do objetivo do sistema. “Como timbre, sotaque, volume, ritmo, ênfase, padrões de vogais e consoantes”, esclarece Mirna Abou Rafée, fonoaudióloga pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Na prática, a biometria de voz é uma realidade e que é empregada em sistemas de atendimento ao cliente (contact centers, sem a necessidade de responder a várias perguntas de segurança), autenticação de usuários, serviços bancários online e por telefone, validação de entrada em áreas restritas. E a IA veio para somar mais:

Vai aumentar a acurácia da identificação, para detecção de deepfakes de áudios

Poderá analisar padrões de voz para detectar sinais precoces de doenças

Em monitoramentos, sinalizará mudanças no estado de saúde de pacientes

Portanto, cabe a nós nos prepararmos. Com o avanço contínuo de todas essas tecnologias é provável que vejamos ainda mais aplicações inovadoras no futuro.

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