FUGA DE TRUMP POR 1 EURO

Vila italiana vende casas de 1 euro a americanos que querem fugir de Trump;

O vilarejo de Ollolai, no coração da ilha italiana da Sardenha, resolveu “lucrar” com o resultado das eleições americanas: a prefeitura local anunciou a oferta de casas de 1 euro exclusivas a americanos que querem deixar o país durante a presidência de Donald Trump.

O destino, assim como outros locais remotos da Itália, sofre com a falta de população e tenta vender pechinchas na esperança de atrair moradores dispostos a investir na restauração de casas históricas dilapidadas — e viver por lá, construindo suas famílias no local antes que ele desapareça do mapa.

Para reforçar a mensagem, a prefeitura de Ollolai lançou um site cujo público-alvo específico é o americano. “Está cansado da política global? Procurando abraçar um estilo de vida mais equilibrado enquanto garante novas oportunidades? É hora de começar a construir sua fuga europeia no lindo paraíso da Sardenha”, convida a mensagem de abertura da página.

O prefeito Francesco Columbu explicou que ama os Estados Unidos e acredita que os americanos sejam as melhores pessoas para repovoar a comunidade. “Queremos muito e vamos focar nos americanos acima de todos. Não podemos, é claro, proibir as pessoas de outros países de se candidatarem, mas os americanos terão seu procedimento agilizado. Estamos apostando neles para ajudar a trazer vida para o vilarejo, eles são a nossa melhor cartada”, declarou.

Atualmente, a prefeitura de Ollolai oferece três tipos de acomodações aos estrangeiros querendo se mudar: casas temporárias gratuitas para alguns tipos de nômades digitais, casas de um euro (R$ 6,10) que precisam de reformas e imóveis prontos para morar por até 100 mil euros (R$ 610 mil). O prefeito garante que montou uma equipe especial para guiar os compradores interessados em cada etapa de sua compra.

Eles são responsáveis por organizar tours particulares customizados dos imóveis de acordo com o perfil do comprador, a encontrar mestres de obras e empreiteiros para os projetos, além de ajudar os estrangeiros a lidar com a papelada. Fotos e plantas das propriedades disponíveis devem ser colocadas no ar no site em breve.

Tranquilidade… até demais?
Nos últimos 100 anos, a população de Ollolai encolheu de 2.250 pessoas a 1.300 pessoas. Apenas alguns bebês nascem por ano e muitas famílias acabaram deixando a cidade ao longo dos anos em busca de trabalho — o que só piorou a situação. Atualmente, o vilarejo conta com 1.150 moradores, o que pode tornar ilógica a preferência do prefeito por americanos em relação a outras nacionalidades.

Oficialmente, o programa não exige um passaporte americano dos candidatos, mas Columbu realmente acredita que apelar para as insatisfações políticas dos cidadãos dos EUA pode funcionar. “Claro, não podemos especificamente mencionar o nome do presidente dos EUA que acabou de ser eleito, mas todos sabemos que é aquele do qual muitos americanos vão querer fugir agora e deixar o país”, aposta.

A primeira edição do programa para nômades digitais de Ollolai, lançado em 2023, também era exclusiva para americanos. E o prefeito garante que responde a uma demanda, não apenas a um desejo seu ou da população: o site da prefeitura recebeu recentemente 38 mil pedidos de informações sobre casas.

Ollolai começou a vender casas de um euro em 2018 e, nos anos seguintes, passou também a alugar espaços comerciais vazios pelo valor simbólico. Desde 2023, quatro nômades digitais americanos também já se mudaram para imóveis totalmente equipados por um euro. Em contrapartida, eles tiveram que colaborar para a comunidade criando algo, como uma obra de arte ou um livro.

A prefeitura paga um aluguel de cerca de 350 euros (R$ 2.120) a famílias locais para disponibilizar seus sobrados de dois dormitórios para os nômades digitais. Luz, água e outros serviços básicos, além de impostos, também são cobertos pela administração local.

Mas mesmo com tantos programas e incentivos, Ollolai segue com dificuldades de atrair novos moradores. Nos últimos seis anos, apenas 10 casas foram vendidas por um euro e reformadas. O vilarejo segue parcialmente vazio, com cerca de 100 imóveis baratos desocupados, prontos para morar. A maioria deles fica localizado no centro histórico e, apesar de variar em tamanho, possui charme pitoresco do interior italiano.

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