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Reconhecimento facial vai matar tíquete aéreo, e isso pode ser um problema.

A OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), agência da ONU responsável pela aviação civil global, tem um plano para garantir que você nunca mais perca o bilhete de embarque. A proposta é simples: usar algo que você não tem como esquecer em casa — o seu próprio rosto.

Segundo reportagem da EuroNews, a organização pretende lançar uma credencial digital que utiliza reconhecimento facial para substituir documentos físicos. A tecnologia acompanharia o passageiro por todo o processo no aeroporto, incluindo o check-in e o embarque na aeronave…

A ideia, claro, levanta questionamentos. A OACI argumenta que o sistema tornaria os procedimentos mais seguros, contribuindo inclusive no combate ao tráfico humano.

Ainda assim, nem todo mundo está convencido de que trocar documentos por escaneamentos faciais seja o caminho mais tranquilo — especialmente quando se trata de privacidade. Mas, ao que tudo indica, o rosto vai mesmo virar o novo passaporte.

No novo episódio do Deu Tilt, podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes destacou que os sistemas de reconhecimento facial ainda apresentam falhas significativas — especialmente na identificação de rostos de mulheres negras e, de forma geral, de pessoas negras.

O reconhecimento facial não é uma tecnologia pacificada, afinal não existe tecnologia neutra. Por lidar com dados sensíveis, [as pessoas] têm uma visão muito crítica a respeito dela, que de fato também pode servir para discriminar algumas populações
Helton Simões Gomes

Em paralelo, Diogo Cortiz chama atenção para outro ponto sensível: a quantidade de agentes que terão acesso aos dados biométricos. Além dos aeroportos, essas informações devem ser compartilhadas com autoridades nacionais e companhias aéreas, o que amplia significativamente a circulação e o risco de exposição desses dados…

Ao mesmo tempo que [o reconhecimento facial] permite uma melhora na experiência, traz uma série de questionamentos e desafios. A privacidade é um deles, além dos erros que podem acontecer
Diogo Cortiz…

Ainda assim, olhando para o futuro, Diogo Cortiz avalia que a adoção do reconhecimento facial tende a ser um desdobramento natural, considerando a forma como a sociedade vem se organizando em torno da tecnologia.

Países como Finlândia, Singapura e Holanda (em especial o aeroporto de Amsterdam) já realizam testes com esse tipo de sistema. No Brasil, alguns aeroportos também experimentam o uso da tecnologia, como é o caso de Viracopos, em Campinas (SP), onde o reconhecimento facial vem sendo testado em ambientes e voos específicos.

A ideia é que também sejam desenvolvidos protocolos e boas práticas de como tratar esses dados. E quem for fazer parte desse ecossistema precisa adotar esses padrões para garantir interoperabilidade, e uma governança melhor e mais segura dos dados
Diogo Cortiz

IA aprende a assediar e fazer bullying para forçar pessoas a pagar mais…

Não é coisa de filme, as inteligências artificiais de companhia estão ficando cada vez mais parecidas com os humanos. A novidade é que elas passaram a replicar práticas condenáveis, como bullying e assédio sexual, descobriram pesquisadores. A hipótese é que essas IAs têm adotado esse comportamento para manter os usuários por mais tempo nas plataformas e forçá-los a pagar mais.

Imagine receber ameaças de vazamento de fotos íntimas se você parar de usar o aplicativo.

Foi o que relataram alguns usuários do Replika, IA focada em relacionamentos, que promete ser uma ferramenta “para qualquer pessoa que queira um amigo sem julgamentos, dramas ou ansiedade social envolvida”.

Netflix usa IA para ressuscitar hábito de locadoras antigas; vai dar certo?

No passado, quem visitava locadoras de filmes pedia indicação aos atendentes. Agora, a Netflix quer ressuscitar esse hábito com ajuda da inteligência artificial. Com isso, a eterna dúvida sobre o que assistir dentre tantos filmes e séries pode em breve ser solucionada. Será?

A proposta da empresa é trazer uma busca baseada não apenas nos títulos, mas por meio de uma conversa. Em novo episódio de Deu Tilt, o podcast para os humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz explica que a prática segue uma nova tendência de experiência do usuário e muda a maneira de consumo em relação às grandes plataformas…

Nem todo mundo é tão otimista assim.

Disputa entre Epic Games e Apple pode derrubar preços no iPhone…

Não é de hoje que a Epic Games briga com a Apple. Dona do sucesso de público “Fortnite”, a empresa reclama das taxas aplicadas pela dona do iPhone, que retém 30% dos valores de transações que ocorrem dentro da App Store.

A Apple havia bloqueado o jogo em seus dispositivos. Mas teve de rever a questão após decisão da Justiça. A juíza norte-americana Yvonne Gonzalez Rogers concluiu que a dona dos iPhones adota práticas anticompetitivas ao restringir transações comerciais apenas ao seu próprio sistema de pagamento.

A decisão da Justiça vale para todos os desenvolvedores, não só para a Epic Games
Helton Simões Gomes…

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