Pilotos levam anos para chegar ao topo da carreira, mas podem ter salários que ultrapassam R$ 20 mil em média.
Qual a média salarial?
Existem seis tipos de piloto de aeronaves, segundo a CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Piloto de aeronaves
Média salarial: R$ 20.172,92
Profissionais formais ativos: 10.521 em janeiro de 2025
O que faz? Pilota aviões ou helicópteros para transporte de cargas ou passageiros em voos nacionais ou internacionais. É a descrição mais genérica da profissão, e que abrange a maioria dos pilotos registrados no país.
Instrutor de voo
Média salarial: R$ 5.405,24
Profissionais formais ativos: 311 em janeiro de 2025
O que faz? É o profissional contratado para ensinar outros pilotos a comandar aviões, helicópteros e outras aeronaves.
Piloto de ensaios em voo
Média salarial: R$ 24.736,57
Profissionais formais ativos: 81 em janeiro de 2025
O que faz? Pilota aviões, helicópteros e outras aeronaves em voos de ensaio e testes, incluindo equipamentos a bordo.
Piloto comercial (exceto linha aérea)
Média salarial: R$ 10.405,00
Profissionais formais ativos: 1.241 em janeiro de 2025
O que faz? Pilota aeronaves de pequeno porte, sejam de passageiros ou de carga, além de realizar serviços aéreos especializados, como pulverização agrícola, propaganda, lançamento de paraquedistas, entre outros.
Piloto comercial de helicóptero (exceto linha aérea)
Média salarial: R$ 17.270,74
Profissionais formais ativos: 553 em janeiro de 2025
O que faz? Desempenha a mesma função da ocupação de piloto comercial (exceto linha aérea), porém com helicópteros.
Piloto agrícola
Média salarial: R$ 6.624,72
Profissionais formais ativos: 1.487 em janeiro de 2025
O que faz? Pilota prioritariamente aeronaves de pequeno porte em funções agrícolas, como pulverização de agrotóxicos sobre plantações.
Aéreas têm piso maior
Os pisos salariais são definidos em convenções trabalhistas coletivas negociadas entre os sindicatos das empresas e o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), que abarca pilotos e comissários de voo. Cada uma define o salário de acordo com o segmento da aviação e a aeronave pilotada.
Companhias aéreas (aviação regular)
Piso de comandante de bimotores turboélice e aviões a jato: R$ 11.122,70
Piso de comandante para outros tipos de aeronave: R$ 6.372,56
Piso de copilotos de bimotores turboélice e aviões a jato: R$ 5.797,99
Piso de copiloto para outros tipos de aeronave: R$ 5.389,58
Táxi aéreo
Comandante de aeronave bimotor: R$ 4.461,50
Comandante de aeronave monomotor: R$ 2.974,41
Copiloto: R$ 2.084,18
Comandante de aviação offshore (pousos e decolagens em plataformas marítimas e navios): R$ 7.621,20
Copiloto de aviação offshore: R$ 3.599,00
Aviação agrícola
Piloto agrícola: R$ 3.720,23
Os salários dos pilotos ainda podem ter um incremento com diárias e valores adicionais para alimentação. Cada um depende do acordo entre a categoria e as empresas, e os salários variam de acordo com a quantidade de horas voadas. A carga horária limite depende do tipo de aeronave utilizada, e nem sempre é totalmente preenchida.
Perfil da profissão
Hoje são cerca de 28,9 mil pessoas autorizadas a pilotar aeronaves no Brasil. Os dados são da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)
São aproximadamente 63 mil habilitações válidas entre esses profissionais. Um piloto pode ter autorização para voar mais de um tipo de aeronave, como avião e helicóptero, por exemplo.
Maioria é masculina. Desse total, 2026 são para mulheres, representando 3,2% do total.
Mercado no exterior
O mercado mundo afora oferece valores maiores para pilotos qualificados.
Um copiloto pode ter salário inicial de cerca de R$ 74 mil na FlyDubai, empresa dos Emirados Árabes Unidos. Esse valor inclui o salário, auxílio para moradia, transporte e remuneração variável com base em 70 horas de voo mensais.
Nos EUA, o ganho médio anual de pilotos, copilotos e engenheiro de voo de linha aérea era de US$ 171.210 (R$ 1 milhão) em 2023, aproximadamente R$ 85,3 mil mensais. Os dados são do Bureau de Estatísticas do Trabalho dos EUA.
No mesmo período, 152,8 mil pilotos estavam contratados naquele país. Isso é mais de dez vezes o número de profissionais do segmento empregados no Brasil, que tem aproximadamente 12 mil vagas preenchidas.
Nos próximos anos, profissionais podem se tornar escassos. Isso se deve aos altos custos de formação, fechamento de aeroclubes de instrução e concorrência entre companhias no mundo.