“Barriguinha de chope”, “pochete”, “pneuzinho”. A gordura localizada na região abdominal costuma receber apelidos e até ser tratada “carinhosamente” por algumas pessoas. Porém, ela não é tão inofensiva quanto parece.
Essa protuberância é sinal de gordura visceral, tecido adiposo que se acumula entre órgãos importantes, como fígado, pâncreas e intestino, prejudicando seu funcionamento. Ela pode causar problemas de saúde tanto em pessoas que estão dentro do peso normal quanto em obesos.
As células de gorduras geram inflamação no organismo, interferem na regulação de hormônios, na absorção de nutrientes, no nível de colesterol e até na fertilidade. O acúmulo de tecido adiposo na região da barriga, por exemplo, está ligado diretamente ao aumento no risco de doenças cardiovasculares (como infarto e AVC), hipertensão, síndrome metabólica, esteatose hepática (gordura no fígado) e diabetes tipo 2.
Para reduzir a gordura abdominal, o ideal é mudar hábitos para perder peso. Mas existem formas de tornar a queima na região da cintura mais eficaz. Fizemos o levantamento de seis delas.
Entretanto, é importante que fique claro que nenhum item da lista faz mágica e gera resultado sozinho. O recomendado é ter um estilo de vida saudável com alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e muita dedicação e perseverança, já que nada acontece de um dia para o outro.
- Comer mais fibras solúveis: encontrada em cereais, frutas, legumes e leguminosas, a fibra absorve água, formando uma espécie de gel no estômago que aumenta a saciedade, diminuindo a ingestão de calorias em excesso. Além disso, ela reduz a absorção de gorduras e açúcares de outros alimentos.
- Monitorar ingestão de nutrientes: existem muitos detalhes que ajudam a baixar o ponteiro da balança, mas a chave para isso acontecer é garantir um balanço calórico negativo, comendo menos do que se gasta. Um diário alimentar é um bom aliado e a tecnologia facilita muito esse trabalho, como contadores de calorias ou outros aplicativos que permitem acompanhar a ingestão de proteínas, carboidratos, fibras e micronutrientes. Mas é essencial lembrar que nenhum programa ou site substitui uma consulta com um profissional.
- Não exagerar nas bebidas alcoólicas: pesar a mão nos drinques é muito danoso para o organismo, inclusive para a região central do corpo. Ingerir grandes quantidades de bebida aumenta a gordura abdominal, principalmente quando se ultrapassa quatro porções diárias. E isso independe de fatores como idade, prática de atividade física e fumo.
- Ter um cardápio rico em proteína: esse nutriente estimula a liberação do peptídeo YY, um hormônio que atua no trato digestivo promovendo saciedade. Ele também já se mostrou eficaz no desenvolvimento muscular, o que leva ao aumento do metabolismo. Além disso, pesquisas revelaram que a turma que mantém uma dieta mais recheada de fontes de proteína, como carnes, ovos e laticínios, tem menos gordura na região da cintura.
- Não comer muitos itens ricos em açúcar: o excesso desse ingrediente pode desencadear doenças crônicas, como obesidade, diabetes e esteatose hepática. E não é só o açúcar refinado ou a frutose que podem aumentar o tamanho da barriga. Os tipos saudáveis, como o obtido do mel, também devem ser ingeridos com parcimônia.
- Dê preferência aos carboidratos integrais: evidências científicas mostraram que substituir os carboidratos refinados pelos integrais ajuda a melhorar o metabolismo e diminuir os excessos na região central do corpo. Isso pode estar ligado ao fato de que suas fibras ajudam na regulação do açúcar do sangue e na redução da absorção de gorduras e açúcares de outros alimentos.