CHOCOLATE AMARGO

Comer este tipo de chocolate reduz risco de diabetes, diz estudo de Harvard.

Comer ao menos cinco pequenas porções de chocolate amargo por semana pode diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 21%, apontou um estudo observacional do departamento de nutrição da Escola de Saúde Pública T.H. Chan da Universidade Harvard, nos EUA. As conclusões foram publicadas no periódico The BMJ (British Medical Journal).

Quanto chocolate é bom para a saúde?
Cada porção de chocolate deve ter cerca de 28 g. Isso é equivalente a um terço, mais ou menos, da barra tradicional de 85 g — ou ainda uns quatro quadradinhos. Durante o estudo, os participantes com melhores resultados comeram esta porção cinco ou mais vezes por semana, mas sempre de chocolate amargo, já que o chocolate ao leite foi ligado a ganho de peso excessivo, o que leva a diabetes tipo 2.

Cacau é que faz a diferença. Quanto mais cacau houver na barra, mais flavonoides — substâncias antioxidantes que reduzem a inflamação do organismo. É justamente esta inflamação que pode causar ou piorar doenças cardíacas e diabetes. Ou seja, quanto maior o percentual de cacau na barra (como os de 80% ou 90%), melhor para a saúde.

Chocolate amargo e ao leite têm níveis similares de açúcar adicionado, gordura e calorias, mas a diferença mais importante é que o amargo contém mais cacau.
Binkai Liu, doutoranda em Harvard, autora principal do estudo

Este não é um estudo de causa e efeito. O trabalho usou como base questionários que monitoraram a saúde de 192.208 pacientes durante três levantamentos por profissionais de saúde, em 1986, 1991 e em 2006. Eles responderam a questões sobre seu consumo de chocolate (e de que tipo). Além disso, foi analisado se os grupos possuíam doenças cardiovasculares ou diabetes tipo 2.

Acompanhamento da dieta foi feito a cada quatro anos para todos os grupos de pacientes envolvidos. As quantidades de chocolate ingeridas também tiveram que ser descritas, assim como fatores como estilo de vida e outros hábitos alimentares, que foram considerados matematicamente.

Participantes que comeram cinco ou mais porções semanais de qualquer chocolate tiveram 10% a menos diabetes tipo 2. Já aqueles que comeram o amargo tiveram, em média, uma redução de 21% no desenvolvimento da doença. No entanto, quem comeu chocolate ao leite ganhou peso —o que pode ser prejudicial ao organismo e, posteriormente, levar à diabetes.

Liu acredita que o consumo aumentado de flavonoides do cacau seja a grande diferença de impacto entre os dois tipos de chocolate, explicou pesquisadora. Estudos anteriores não investigaram o consumo distinto dos diferentes tipos de chocolate e qual seria o efeito de cada um sobre o corpo.

Pesquisa anterior publicada no American Journal of Clinical Nutrition sugere que os flavonoides do chocolate amargo podem melhorar também a sensibilidade à insulina. Ela é a responsável em regular os níveis de açúcar no sangue. Como os flavonoides agem como antioxidantes, reduzem o estresse oxidativo nas células e otimizam a capacidade delas responder à insulina.

Quem já sofre com resistência à insulina pode se beneficiar desta regulação. O que reduz o risco de desenvolver a diabetes tipo 2 em médio ou longo prazo.

Pesquisadores acreditam que são necessários ensaios clínicos controlados para confirmar o resultado. Além disso, eles pretendem explorar como funciona o mecanismo com que o chocolate amargo acabaria reduzindo efetivamente o risco de desenvolvimento da diabetes.

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