Sem vencer desde 2020, a escola de Itaquari retorna ao topo no Grupo Especial ao reverenciar mestre da fotografia.
Com o enredo “Os olhos do mundo: assombros de Sebastião Salgado”, a Independente de Boa Vista conquistou o Carnaval de Vitória 2025. Sem alcançar o título desde 2020, desta vez a escola de Itaquari, em Cariacica, iluminou a passarela ao reverenciar o mestre da fotografia e sagrou-se campeã no desfile do Grupo Especial. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (26), durante a apuração de notas realizada no Sambão do Povo.
A Boa Vista somou 179,90 pontos e ficou à frente da Chegou o que Faltava, que teve 179,60 pontos. Logo depois, veio a MUG, com 179,40 pontos.
O presidente da agremiação, Emerson Xumbrega, dedicou a vitória a Aline Bianca, musa da escola que morreu horas depois de desfilar no Sambão do Povo. “Esse título é dedicado a Aline Bianca, sem demagogia, sem hipocrisia, pelo que ela fez à Boa Vista. Ela estava radiante, estava alegre, e essa alegria está, hoje, contagiando a nossa Boa Vista. Então, ficam aqui os nossos sentimentos, mas pode ter certeza que ela se dedicou à altura da nossa Boa Vista, e a Boa Vista à altura dela. Aline Bianca, estamos juntos!”
Após quatro anos sem título, Xumbrega descreveu o sentimento da escola de Cariacica: “Agora a sensação é de ‘a campeã voltou!’ Sétima estrela, e já vamos começar a trabalhar para o próximo ano”.
- Independente de Boa Vista – 179,90 pontos
- Chegou o que Faltava – 179,60 pontos
- Mocidade Unida da Glória – 179,40 pontos
- Unidos da Piedade – 178,90 pontos
- Novo Império – 176,90 pontos
- Unidos de Jucutuquara – 176,10 pontos
- Imperatriz do Forte – 175,90 pontos
Vida e obra do mestre
A Independente de Boa Vista entrou na avenida às 5h28 de domingo (23) para homenagear o fotógrafo Sebastião Salgado, contando um pouco de sua vida e obra de reconhecimento internacional. A agremiação aproveitou para celebrar no Sambão o ano em que completa seu 50º aniversário.
O corpo de bailarinos da comissão de frente, com o nome “Janelas da Alma”, estava com lanternas nos braços e cabeça para representar a luz das câmeras, fundamental em toda fotografia. Mesmo com o desfile já de manhã, causou um bonito efeito. Havia também elemento cênico, com vários olhos de muitos tamanhos. A coreografia foi de Patrick Alockio.
Os olhos, como parte do enredo, também estavam representados em alas e alegorias.
A águia, símbolo da escola, trazia brilho nos olhos no abre-alas. Nessa alegoria, um efeito fazia outros olhos abrirem e fecharem. O abre-alas também reproduziu fotos de Salgado em tamanho grande, mostrando ao público um pouco da genialidade do fotógrafo.