O DIV (Detecção Inteligente de Veículos) é um aparelho usado para detectar peças com origem suspeita ou com defeitos mecânicos e eletrônicos utilizadas nos carros. Ele é usado nas fiscalizações e blitze da Polícia Rodoviária Federal em todo o Brasil.
O DIV é um sistema que usa a base de dados do Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) para verificar a procedência dos componentes do veículo e realça o “DNA” dos componentes eletrônicos, proporcionando rastrear peças roubadas.
Além de analisar a procedência dos componentes, também funciona como uma espécie de scanner automotivo. O sistema leva cerca de dois minutos para ser acessado, permitindo a detecção de módulos, falhas e defeitos mecânicos ou eletrônicos, assim como verificar itens de segurança.
O recurso não fica restrito apenas aos veículos de passeio, podendo ser utilizado em caminhões, ônibus, motos e outros.
O Sindicato dos Proprietários de Empresas de Vistorias Veiculares de São Paulo disse na época da implementação, em 2023, que novas tecnologias podem auxiliar também na eficiência dos serviços de vistoria.
“Com a crescente digitalização e sofisticação dos veículos modernos, a identificação de componentes eletrônicos se tornou essencial para garantir a autenticidade e o seu funcionamento adequado. Com o processo de vistoria veicular se torna cada dia mais confiável com a implementação de novas e avançadas tecnologias, auxiliando também na redução de acidentes, adulteração de veículos, roubo e outros crimes, aumentando assim a segurança viária das rodovias do país”, disse Valter Menegon.
Para o advogado especialista em trânsito e presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Trânsito, Danilo Oliveira Costa, o dispositivo é uma ferramenta eficaz para a segurança pública e viária.
“A verificação da troca de componentes dos airbags, freio ABS, e se a houve adulteração na quilometragem do veículo são verificações importantes feitas pelo equipamento e de forma ágil. A ampliação do seu uso ajudará a reduzir o número de crimes e sinistros de trânsito relacionados a veículos”, opinou o especialista na época.