DORMIU NO CAMAROTE REAL

O capixaba que foi flagrado dormindo no camarote da rainha da Inglaterra;

Weliton Fonseca trabalhava na limpeza em torneio de tênis de Wimbledon, quando tirou um cochilo que lhe colocou em apuros.

Já imaginou se você trabalhasse na Inglaterra e, depois de um dia cansativo, resolvesse tirar um cochilo no seu local de trabalho? E se, em vez dos seus chefes, você fosse acordado pelos seguranças da família real? Pois essa história inusitada aconteceu com o capixaba de Ecoporanga Weliton Fonseca. Ele trabalhava como auxiliar de serviços gerais no país europeu e foi flagrado dormindo no camarote da Rainha Elizabeth II. 

O ano era 2003. Weliton, atualmente com 52 anos, foi tentar uma vida melhor no Reino Unido. Lá, foi direcionado a uma empresa especializada em limpeza e houve a divisão de tarefas. “Eram mais ou menos 30 pessoas nessa firma e, após a distribuição dos serviços, calhou de eu ir para Wimbledon”, lembrou.

Wimbledon sedia um dos mais antigos e importantes torneios de tênis do mundo. Na quadra principal, a família real inglesa tem um camarote, que sai numa tribuna, local onde Weliton trabalhava. De acordo com ele, não é sempre que a família real vai ao espaço, até porque são 15 dias de jogos no local, quando há a disputa do Grand Slam.

“Eu limpava, mas nem sempre tinha coisas para fazer. No dia em questão, em meia hora, acabei de limpar a tribuna. Geralmente, os funcionários que zelam pela quadra jogam uma lona sobre o camarote, que fica isolado e fechado. Entrei embaixo da lona e fiquei ali dormindo. Achei que não fosse ter problema. Foram me procurar e não me acharam. Só depois me viram embaixo da lona, onde dormi por mais de 40 minutos”, disse ele.

Ser encontrado dormindo no local de trabalho pelo chefe já seria algo complicado. Porém, no caso de Weliton, a situação foi bem mais grave por conta da forte segurança a respeito de tudo relacionado à realeza. E, para piorar, o capixaba não sabia se virar bem no idioma do país.

“Inicialmente, foi o pessoal da segurança da família real quem me localizou e perguntou o que eu estava fazendo ali. Respondi, mas não sabia falar bem inglês. A coisa ficou mais séria e chamaram o esquadrão antibomba. Eu tive que pedir um tradutor. Por fim, o dono da empresa de limpeza apareceu e teve que explicar a minha presença por lá. Foram mais 40 minutos para esclarecer que eu estava apenas dormindo.”

Não foi feita reportagem na época justamente para não estimular eventos semelhantes. Não há foto e também não foi algo noticiado aqui no Brasil, já que Weliton temia ser deportado. Quanto ao camarote real de Wimbledon, ele é utilizado para entretenimento de amigos e convidados dos nobres ingleses desde 1922. São 74 lugares e as cadeiras são compostas de vime Lloyd Loom — móvel elaborado numa técnica muito sofisticada de confecção.

Por fim, o capixaba acabou sendo liberado, mas levou um puxão de orelha. “Acabei sendo realocado. Deixei de limpar o camarote da rainha para higienizar os banheiros de Wimbledon, e eu tinha que limpar o dia inteiro, enquanto tivesse gente lá. Saí de um trabalho mais leve para o mais pesado, mas viram que eu estava falando a verdade”.

Apesar do sufoco pelo qual passou, Weliton diz que não sentiu na pele problemas por ser um imigrante na Inglaterra. “Eles são muito polidos e gostam de brasileiros. Não se sentem ameaçados por isso.”

Chegadas e partidas

Sem esperanças com a situação do Brasil naquela época, Weliton estava decidido a ir para fora do país. Até 2002, ele morava em Vitória, no bairro Jardim da Penha. Inicialmente, pensou em emigrar para os Estados Unidos, mas não conseguiu visto para lá. Seu irmão o estimulou a ir para a Inglaterra, para onde foi no ano seguinte.

“Fiquei na Inglaterra por oito anos. Com a crise econômica mundial entre 2008 e 2009, os trabalhos acabaram diminuindo, e eu voltei. Em 2010, o Brasil estava ascendendo economicamente, na contramão do mundo, e nunca mais voltei à Inglaterra.”

Quando retornou ao Brasil, Weliton foi morar em Apucarana, no Paraná, cidade da sua esposa, Jeiza Firmino, de quem é viúvo, e lá ficou por um ano e meio. Em 2011, voltou para o Espírito Santo, começou a trabalhar com transporte executivo, abrindo, mais tarde, sua própria empresa nesse mesmo ramo.

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