O achado foi publicado na revista científica JAMA Psychiatry;
Pesquisadores descobriram que o consumo de refrigerantes está associado ao diagnóstico de transtorno depressivo maior, bem como à gravidade da depressão, segundo um novo estudo. O trabalho foi publicado na revista científica JAMA Psychiatry.
A ligação entre cérebro e microbiota do estômago já foi estudada anteriormente, e este grande estudo fez novas descobertas. A resposta está nos gêneros de bactérias eggerthella e hungatella, que podem indicar depressão.
Dessa forma, foram testadas amostras de fezes de 405 pacientes com idades entre 18 e 65 anos com diagnóstico de depressão para medir os níveis da bactéria. Todos anotaram diariamente seus níveis de depressão e se bebiam refrigerante. As categorias de resposta variaram de “nunca” a “várias vezes por dia”.Play Video
Assim, os resultados indicaram que o maior consumo de refrigerantes estava associado a uma maior gravidade dos sintomas em participantes do sexo feminino, pela presença de níveis mais elevados de abundância de bactérias eggerthella.
Por outro lado, esse cenário não se repetiu no caso do sexo masculino, mesmo sendo o grupo que bebia mais refrigerante.
Para Sharmili Edwin Thanarajah, autora principal, isso se dá porque o sexo biológico apresenta um impacto em como funciona o microbioma intestinal do corpo, o das mulheres sendo diferente do presente nos homens, e é provavelmente por isso que as mulheres são mais afetadas pelo consumo de refrigerantes, embora seus dados revelem que os homens bebem mais.