Investigação revela que fatores nos carros elétricos podem causar enjoo. Especialistas buscam soluções para mitigar o problema.
O aumento de queixas sobre mal-estar ao andar em veículos elétricos (VEs) não é mera imaginação. Cientistas indicam que características desses veículos, como a frenagem regenerativa e a ausência de vibrações, podem ser as responsáveis pelo desconforto sentido pelos passageiros.
Enquanto os motoristas desfrutam de uma experiência mais tranquila e silenciosa nos veículos elétricos (EVs), os passageiros podem enfrentar sintomas de enjoo. Essa situação tem sido amplamente discutida nas redes sociais, onde muitos relatam o desconforto de viajar nessas condições.
A questão foi abordada por cientistas em entrevista ao The Guardian, confirmando que o fenômeno é real e não apenas psicológico. A relativa novidade dos EVs altera a forma como as pessoas percebem o movimento durante as viagens.
Mudanças na experiência de movimento
Os EVs diferem significativamente dos carros a combustão interna no que diz respeito a como o torque é entregue. O torque instantâneo dos elétricos pode proporcionar uma aceleração brusca, especialmente para motoristas não habituados.
A frenagem regenerativa também contribui, exigindo mais precisão nos movimentos do pé do motorista.
Frenagem regenerativa
Característica dos modelos elétricos, a frenagem regenerativa é apontada como um fator que pode aumentar a sensação de enjoo. Com a redução gradual da velocidade, os passageiros podem sentir um desconforto contínuo, diferente do que ocorre nos carros tradicionais.
Adaptação do cérebro
A ausência de vibrações e sons comuns nos motores a combustão pode confundir o cérebro, que está acostumado a interpretar esses sinais como indicadores de movimento. Segundo pesquisadores, a falta de experiências anteriores com veículos elétricos (EVs) pode intensificar a sensação de enjoo.
Soluções potenciais para o enjoo
Para mitigar o problema, especialistas sugerem a adoção de indicadores visuais, como mudanças na iluminação ambiente dentro dos veículos.
Essas mudanças poderiam auxiliar o cérebro a antecipar movimentos, reduzindo assim o desconforto dos passageiros.
Enquanto os veículos elétricos continuam a ganhar popularidade, a indústria busca formas de aprimorar a experiência dos passageiros. Testes e ajustes poderão, no futuro, tornar as viagens nesses modelos mais confortáveis para todos os ocupantes.
